Do Quadro Negro ao Jogo Sujo, A Farsa Eleitoral da Educação.
O que era para ser uma festa da democracia nas escolas municipais de Correntina virou um verdadeiro enterro da vontade popular. No dia 20 de novembro, o Diário Oficial trouxe uma bomba: diversas eleições para direção escolar foram anuladas na canetada.
O motivo oficial? Uma lista de erros primários que vai de rasuras grosseiras a “alunos fantasmas” e falta de assinaturas. Mas, nos bastidores, a conversa é outra. O candidato Gleidivan, da chapa do Povoado de Praia, jogou no ventilador: segundo ele, a própria Comissão Eleitoral teria agido para desestimular a votação e fabricar o fracasso do pleito.
O que não te contaram
A narrativa oficial diz que foi “erro técnico”. Mas quem conhece o chão da escola em Correntina sabe que o buraco é mais embaixo. Enquanto os candidatos pediam votos, membros da todo-poderosa Comissão Eleitoral Central especificamente citados como Dr. Vagner Rocha e Deuseni estariam fazendo o contrário. A denúncia é gravíssima: eles teriam passado de sala em sala, um dia antes da eleição, dizendo aos alunos que “não eram obrigados a votar” e pedindo para avisar aos pais o mesmo. O resultado? Uma abstenção fabricada para melar o jogo? É o que sugere a denúncia de postura antidemocrática.
Se a Comissão fiscalizou tanto, como deixou passar tanto absurdo? O Diário Oficial revela um amadorismo (ou má-fé) assustador, Na Escola Divino Espírito Santo, teve aluno de 15 anos assinando com impressão digital sem justificativa, mãe votando no lugar de outra e avó votando sem documento de guarda, na Escola São Manoel, uma mãe “errou o voto” e a presidente da mesa simplesmente mandou rasgar e pegar outra cédula, como se fosse bingo. A coisa está tão feia que a própria Comissão implodiu. A membra Ednaura Maria de Macedo se recusou a assinar a ata final. Ela lavrou em documento que não concorda com nenhuma das anulações, abandonando a reunião em protesto. Quando até quem julga não concorda com a sentença, é porque a justiça passou longe.
Reação pública
A revolta tomou conta das comunidades escolares, especialmente na Praia. O sentimento é de que o voto do pai e do aluno não vale nada se não agradar o gabarito de quem manda. O candidato Gleidivan aponta a contradição: a lei prevê anulação por falta de quórum ou fraude nas cédulas, mas a Comissão inventou “justificativas sem fundamento” para derrubar chapas indesejadas.
E agora?
A “melada” foi oficializada. Novas eleições foram marcadas para daqui a 45 dias. A pergunta que fica ecoando no ouvido do povo é: a mesma Comissão acusada de sabotar e desestimular o voto vai conduzir o novo processo?
Se quem deve fiscalizar está sendo acusado de jogar contra, quem garante a lisura da próxima urna? O povo de Correntina acordou, e essa conta vai chegar.
🪓 Coluna “Doa a Quem Doer” – Porque a verdade não tem lado.
