Como a Bahia se tornou um dos melhores estados para se investir no País?
Com uma gestão fiscal sólida e equilibrada, a Bahia se consolida entre os estados mais atraentes para investimentos nacionais e internacionais. Em palestra promovida pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), o secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, destacou a estratégia do estado para manter o equilíbrio das contas públicas, posicionando-o entre os líderes nacionais em novos investimentos. O evento ocorreu no Hotel Fasano, em Salvador, e contou com a presença de empresários e líderes de negócios.
“Estamos alinhados ao processo de neoindustrialização que impulsiona a economia do país”, afirmou Vitório, referindo-se aos novos empreendimentos tecnológicos que têm se destacado na Bahia. Ele citou, como exemplo, o investimento bilionário da greentech chinesa BYD em Camaçari. A Bahia ainda ocupa posição de destaque na produção nacional de energia renovável, sendo líder em energia eólica e vice-líder em geração fotovoltaica. O estado também abriga megaprojetos agroindustriais no Oeste, principalmente voltados para biocombustíveis.
Durante sua palestra, intitulada “Desafios e Oportunidades Fiscais para o Desenvolvimento Econômico da Bahia”, Vitório destacou que entre 2023 e 2024 foram implementados cerca de R$8,1 bilhões em novos empreendimentos privados no estado. Segundo ele, essa nova fase da economia baiana se deve à solidez fiscal e ao ambiente de negócios estável, que atraem cada vez mais investimentos.
Equilíbrio fiscal e atração de investimentos
O secretário enfatizou o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues em garantir um ambiente fiscal atrativo para o setor privado, sem comprometer o equilíbrio das contas públicas. A Bahia se destaca também no cenário nacional pelas Parcerias Público-Privadas (PPPs), com projetos de grande impacto, como o Metrô de Salvador e Lauro de Freitas, o Hospital do Subúrbio e a rodovia BA-052.
Outro diferencial da Bahia é a classificação de duplo A para Capacidade de Pagamento (Capag), concedida pelo Tesouro Nacional, e o reconhecimento pela qualidade das informações fiscais e contábeis. Com uma dívida pública correspondente a apenas 35% da receita anual, a Bahia figura entre os estados menos endividados do país, contrastando com grandes estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, cujas dívidas ultrapassam 100% da receita.
Apesar dos investimentos contínuos, a Bahia mantém um perfil de baixo endividamento, tendo investido R$ 39,77 bilhões entre 2015 e 2024, sendo superada em volume de investimentos apenas pelo estado de São Paulo. Em 2024, até agosto, a Bahia investiu R$ 4,32 bilhões, reafirmando sua posição de destaque no cenário nacional.
O secretário também explicou que a Agenda Bahia de Gestão está baseada em três pilares fundamentais: modernização do sistema fiscal, combate à sonegação e qualidade na aplicação dos recursos públicos. Ele destacou ainda a importância da equipe da Secretaria da Fazenda para o alcance desses resultados.
Sobre a AMCHAM e o evento
A Amcham Brasil, fundada em 1919, é a maior entidade multissetorial do país, reunindo aproximadamente 3.500 empresas em 13 estados. A palestra de Manoel Vitório foi organizada pelo Comitê de Novos Negócios da Amcham Bahia, liderado pelos empresários Leo James e Gilberto Rios, e teve a abertura realizada pelo gestor regional da Amcham, Pedro Dornas.
O empresário Leo James ressaltou que o evento foi uma oportunidade para que as lideranças empresariais baianas ouvissem o responsável pela condução fiscal do estado, permitindo um diálogo direto com quem está na linha de frente da política econômica da Bahia. James destacou ainda a experiência de Vitório, um dos secretários de Fazenda mais longevos do Brasil, e sua importância para manter a saúde financeira do estado mesmo nos períodos mais críticos da economia.
Fonte/Créditos: ASCOM/SEFAZ-BA
Imagens: ASCOM/SEFAZ-BA