Julgamento da Operação Último Tango deve ocorrer em setembro, quase oito anos após prisões em Correntina

A cidade de Correntina volta a acompanhar um dos episódios mais marcantes da sua história política. O julgamento dos réus da Operação Último Tango, deflagrada em 26 de outubro de 2017, está previsto para ocorrer agora em setembro de 2025, quase oito anos após a ação policial que resultou na prisão de vereadores e servidores municipais.

A operação investigou um suposto esquema de corrupção e extorsão que envolvia a Câmara de Vereadores e agentes públicos, com acusações de que parlamentares teriam exigido vantagens indevidas para aprovar projetos e liberar recursos do Executivo.

As prisões de 2017

Na época, a Polícia Civil e o Ministério Público da Bahia cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra vereadores, assessores e empresários suspeitos de participação no esquema. O caso teve grande repercussão regional, levando à suspensão de mandatos e à abertura de processos judiciais.

O julgamento

Após anos de tramitação, recursos e instruções processuais, o processo chega agora à fase de julgamento. A expectativa é que, em setembro, a Justiça baiana finalmente decida o destino dos acusados.

Entre os crimes imputados pelo Ministério Público estão:

  • Formação de organização criminosa
  • Corrupção passiva
  • Concussão (extorsão praticada por agente público)

Se condenados, os réus podem enfrentar penas que variam de 2 a 12 anos de prisão, além da perda de direitos políticos.

O impacto político

A Operação Último Tango ficou marcada como um dos maiores escândalos políticos de Correntina. Ela não apenas abalou a confiança da população nos representantes eleitos, mas também expôs fragilidades institucionais no controle do gasto público e na fiscalização da atuação legislativa.

E agora?

O julgamento em setembro promete encerrar um ciclo de expectativa e pressão popular. Para muitos correntinenses, a decisão da Justiça será um termômetro da efetividade no combate à corrupção e da responsabilidade de agentes públicos que traíram a confiança da população.

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